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MUSEU de ANCESTRALIDADE, ARTE e CULTURA NEGRA ao Ar Livre

PROJETO: “MUSEU de ANCESTRALIDADE, ARTE e CULTURA NEGRA ao Ar Livre”

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

No Sul do Rio Grande do Sul, mais especificamente, na zona rural de Pelotas, 7º Distrito: “Quilombo” temos os sinais antropológicos da passagem do “Povo Negro”.  Em uma área de 33 hectares, no coração da Serra dos índios Tape’s onde no passado foi o “Quilombo” vive um Artista Plástico, criador do Trilha Jardim Espaço Arte local do atelier, que foi adquirido com o objetivo de contar, por meio da Arte e da Cultura, as contribuições dos nossos ancestrais, povos tribais que nesta região viveram, lutaram, trabalharam, produziram riquezas e por serem a minoria e não serem brancos foram excluídos. Enquanto as Charqueadas (estâncias de charque) foram os locais para onde eram trazidos os escravos comprados dos Europeus, traficantes de escravos negros, a maioria Africanos; na zona rural de Pelotas, por volta de 1865 viviam em liberdade os Índios Tape’s, que receberam no seu território os escravos fugidos das charqueadas, para viverem irmanados e em total sistema de cooperação. Há registros que é a partir da ação de um homem chamado “Manuel Padeiro”, escravo do Barão do Cerro Largo esposo da Baronesa, que a cidade de Pelotas mantém um museu para lembrar da sua ilustre cidadã, se deu a condução dos escravos fugidos até a Serra dos Índios Tape’s. Pelo fato do casal ser muito bem relacionados na cidade, o escravo preferido do Barão do Cerro Largo (Manoela Padeiro – o Zumbi Pelotense) tinha livre acesso a todas as charqueadas. Nestas idas e vindas de Manuel Padeiro entre uma charqueada e outra, percebeu o sofrimento dos seus semelhantes escravos; pois, embora escravo ele gozava de melhores condições, desta forma, compadecendo-se da situação em que vivia o “Povo Negro”: trabalhavam até serem exauridos, vindos de localidades de clima quente agora em uma região em que o frio chegava a temperaturas negativas os escravos recebiam para se vestir, apenas, roupas básicas (muito leves para a temperatura do local); comiam se houvesse sobras da mesa farta do Senhor e dos Capitães do Mato; com os pés descalços sobre o sal do saladeiro das charqueadas acabavam ressecando a sola dos pés, que rachavam criando fissuras (que abriam indo até os tendões) e ao invés de serem tratados tinham, na maioria das vezes, o pé decepado. Muitos destes trabalhadores Africanos, que no território de onde vinham da África tinham título de reis ou lideranças de tropas de guerreiros nas suas tribos, ao chegar no Brasil eram destituídos de toda a sua dignidade e aqui no Sul do Rio Grande do Sul, além de sofrer  com a severidade dos charqueadores, também sofriam com o flagelo das intempéries a que eram submetidos. Percebendo o desejo de parar de sofrer e de fugir de toda essa agrura, Manoel Padeiro, que por dispor de regalias interagia com os Africanos, de diferentes tribos, aprendeu falar os vários dialetos do Povo Negro escravizado. A substituição da mão de obra indígena, praticamente desaparecida a partir do século XVII, pelo extermínio provocado pelo homem branco, dá lugar ao trabalho dos negros escravos. Os poucos Índios refugiados na Serra dos Tape’s tinham conhecimento da rudeza e das torturas praticadas pelos charqueadores, quando começaram a chegar os escravos em fuga trazidos por Manoel Padeiro (por volta de 1865), os Índios (donos do território) não permitiam que nas suas terras Capitão do Mato entrasse. Para organizarem-se socialmente, apenas, definiram com os negros de quem era a liderança do território, estabeleceram o pacto de convívio e conviveram em cooperação na região que hoje é delimitado o 7º Distrito denominado “Quilombo”.  

A partir do momento que surgiu a lei 9.394 de dezembro de 1996 obrigando a incluir no currículo oficial da rede de ensino a abordagem nos conteúdos escolares da “História e Cultura Afro-Brasileira” muito tem sido falado; mas, é abordada a história do Quilombo dos Palmares, que trata dos feitos do grande Líder Zumbi dos Palmares que é de extrema importância não ser esquecida e todos ter conhecimento; mas, relatam os feitos do  “Povo Negro” no centro do país. Porém, aqui no Sul do Rio Grande do Sul também ocorreu o advento da passagem do “Povo Negro”, existem fatos que caracterizam uma história própria, com contornos regionais, lutas e conquistas locais realizadas por uma população de trabalhadores inesquecíveis que serão, sempre, lembrados por uns poucos libertários e estudiosos da cultura que transversaliza com os registros históricos oficiais e que insistem em esquecer os principais atores e verdadeiros responsáveis pela pujança em termos de Arte, Cultura e desenvolvimento econômico, durante um período situado por volta de 1800 a 1900 e as riquezas geradas neste período foram tantas que sustentam a região Sul até hoje.

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Por esta região do estado ter, por muito tempo, sido identificada como escravocrata e atribuir mérito, somente, aos charqueadores donos das estâncias de charque pelo desenvolvimento econômico, cultura e histórica é que nos motivamos a criar este projeto que nasce com o propósito de contar a história dos povos ancestrais, das minorias excluídas e d’aqueles que auxiliaram na construção do patrimônio material e imaterial de Pelotas, da região Sul e não deixar de fora deste diálogo icônico a contribuição macro, específica, do “Povo Negro” na geração de arte, cultura e riqueza para o Brasil. E, em um momento tão desafiador como este de pandemia, em que a auto estima e a dignidade estão tão baixas o resgate desta parte da história, por meio da Arte e da Cultura pode gerar um grande alento aos habitantes da região Sul e do país como um todo. Uma vez, que a alma refrigera-se quando entramos em contato com o belo, quando fazemos justiça histórica, demonstramos gratidão a nossa ancestralidade e aos povos minoritários excluídos pela maioria branca de colonizadores (exploradores Europeus).  

PLANEJAMENTO DA CRIAÇÃO DO MUSEU ao AR LIVRE

ETAPAS O QUE SERÁ FEITO? ENVOLVIDOS
1 Estabelecimento de convênio com a UFPel/área de Museologia, para que respondam tecnicamente pela estruturação do museu.   Gil Bandeira – Coordenador Cultural Ana Alaíde e José Inácio – Idealizadores do Museu
2 Análise da área natural onde será construído o Museu, levantamento topográfico.   Alunos do Pós Graduação de Museologia
3 Curadoria das obras de Arte.     José Inácio Santos do Nascimento – Artista Plástico e Professor Federal (aposentado).
4 Curadoria de conteúdo histórico.       Alunos do Pós Graduação de Museologia Historiador Ana Alaíde Ortiz Tavares – Filósofa
5 Definição do layout do Museu ao Ar Livre. Alunos do Pós Graduação de Museologia
6 Desenho do suporte, para a exposição das peças no Museu ao Ar Livre.     Agência de Publicidade
7 Análise e aprovação do desenho do suporte, para a exposição das peças no Museu ao Ar Livre.     Gil Bandeira – Coordenador Cultural Ana Alaíde e José Inácio – Idealizadores do Museu Alunos do Pós Graduação de Museologia
8 Produção dos suportes, para a exposição das peças no Museu ao Ar Livre. R$ 50.000,00 para 50 unidades Agência de Publicidade
9 Organização, distribuição das peças e decoração do espaço do Museu ao Ar Livre. Alunos do Pós Graduação de Museologia
10 Criação da papelaria e sinalização personalizada do Museu ao Ar Livre: cartões de identificação das obras e outros papéis e sinalização para os ambientes. Agência de Publicidade
11 Análise e aprovação do desenho da papelaria do Museu ao Ar Livre. Gil Bandeira – Coordenador Cultural Ana Alaíde e José Inácio – Idealizadores do Museu
12 Produção da papelaria para o Museu ao Ar Livre.   Silvio Castro – Publicidade  
13 Melhoria do site do Trilha, para servir de Museu ao Ar Livre virtual, galerias de fotos, os catálogos das amostras,  cronograma de eventos e das exposições online.   Gil Bandeira – Coordenador Cultural
14 Definição e aprovação da campanha de divulgação nas redes sociais, da inauguração do Museu ao Ar Livre.   Gil Bandeira – Coordenador Cultural
15 Inauguração, com solenidade de homenagem ao Patrono do 1º Museu ao Ar Livre do Sul do RS.   Coquitel de inauguração para 100 pessoas:   Patrono do 1º Museu ao Ar Livre do Sul do RS Gil Bandeira – Coordenador Cultural Ana Alaíde e José Inácio – Idealizadores do Museu Alunos do Pós Graduação de Museologia Comunidade em geral
16 Outros recursos complementares para: registro do Museu, remunerar a Coordenação Cultural, pintura e pequenas reformas nos ambientes de uso comum dos visitantes (como: banheiros, etc.).   Gil Bandeira – Coordenador Cultural  

ORÇAMENTO

A estimativa aproximada dos valores que envolvem as diferentes etapas do projeto, para o “MUSEU de ANCESTRALIDADE, ARTE e CULTURA NEGRA ao Ar Livre” estão sendoinventariados.

CONVITE A PARCERIA

Estamos buscando parceiros investidores que tenham interesse em projetos históricos, culturais e artísticos que tenham condições de aportar verba para nos auxiliar a tornar possível este projeto. Somos uma equipe de empreendedores independentes, que temos como nossa Coordenação Cultural Gil Bandeira, experiente profissional de gestão e empreendedor social. Como pode ser verificado em nosso Planejamento, nosso projeto foi estruturado para contarmos com uma equipe pequena, para não onerar o orçamento, mas, suficiente para fazer acontecer as ações necessárias. Se você comunga dos nossos ideais e propõem-se a trabalhar para tornar viável este projeto entre em contato pelos canais Wattsap: (53) 98150-8560, e-mail: trilhadozezinho@gamail.com e ou pelo fale conosco do site: www.trilhajardim.com.br